quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Informe MS


Etapa de Avaliação Externa do 3º ciclo do PMAQ é iniciada

Data de publicação: 01/08/2017

Após treinamentos, entrevistadores entram em campo na coleta de dados sobre o trabalho das Equipes de Atenção Básica no país

A etapa de Avaliação Externa do 3º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) teve início nesta segunda-feira (1), nos estados da Bahia e Minas Gerais.
O cronograma dos demais estados será divulgado pelas Universidades aos municípios, assim que os estados vencerem a etapa de treinamento dos entrevistadores, que deve acontecer até 15 dias antes da Avaliação Externa nesses locais. Desde julho os entrevistadores são qualificados para a coleta de informações acerca das Equipes de Atenção Básica atuantes nos diversos municípios brasileiros.
“A avaliação externa é um ponto que culmina com todo o esforço sendo produzido a nível local, de gestão municipal”, afirmou o Coordenador-Geral de Acompanhamento e Avaliação do Departamento de Atenção Básica, José Eudes Barroso Vieira. “Ela não tem intenção punitiva, mas pedagógica, de coletar um conjunto de informações já indicadas pelo manual instrutivo e de avaliação externa”, finalizou. 
As ações da fase têm início com as visitas das universidades às equipes que aderiram ao programa no 3º Ciclo, realizando as entrevistas com os profissionais participantes, e com o envio de dados ao Ministério da Saúde. Após receber os dados, o MS é responsável pela avaliação das informações coletadas pelos entrevistadores e por realizar a certificação das equipes.
As nove Instituições de Ensino e Pesquisa (IEP) parceiras do programa responsáveis pela avaliação externa são: Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Instituto de Saúde Coletiva/Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Federal do Pará (UFPA).
Elas devem aderir à metodologia única recomendada no Manual para o Trabalho de Campo construído pelo Departamento de Atenção Básica, com objetivo de uniformizar as condutas dos entrevistadores. Ele será o guia das universidades no momento de treinamento dos mesmos. 
Treinamento de entrevistadores no Rio Grande do Norte
Com a aproximação da Avaliação Externa no estado, que acontecerá a partir do dia 7 de agosto, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) deu início, hoje (1), ao programa de capacitação dos entrevistadores que farão a coleta de dados nos municípios do RN.
O encontro representa mais um dos diversos que acontecem neste momento pelo país com o mesmo objetivo. Ele é realizado no Departamento de Saúde Coletiva da universidade, em Natal, e conta com a presença dos entrevistadores selecionados, supervisores que os acompanharão durante a etapa, além de professores, pesquisadores e técnicos atuantes na Instituição de ensino potiguar.
O objetivo é qualificar 30 entrevistadores que visitarão, durante mais de 3 meses, 162 municípios, 1033 equipes de saúde da família, 965 equipes de Saúde Bucal e 160 NASF. Os entrevistadores receberão, durante quatro dias, informações gerais sobre o SUS e a Atenção Básica, normatizações do 3º ciclo, instrumentos, manuais de campo e aplicativos a serem utilizados e demais ferramentas de gestão do PMAQ.
Segundo a professora do Departamento de Saúde Coletiva da UFRN Ana Tânia, coordenadora do programa de capacitação, o momento é de lembrar aos entrevistadores sua importância no processo de certificação das equipes. “Será este olhar para a realidade local que, junto a outros parâmetros, possibilitará a avaliação do Ministério da Saúde quanto ao nível de desempenho das equipes”, afirmou.
Os entrevistados passaram por um processo seletivo público com mais de 2 mil inscritos. “Os 30 escolhidos têm a grande responsabilidade de realmente conhecer o programa e seus requisitos e em que parte do programa eles realizarão essa pesquisa nacional que trará impacto direto para o usuário”, finalizou a professora.
Segundo o professor da UFRN Paulo Rocha, participante da Comissão Nacional do Programa, as inovações do 3º ciclo representaram mudanças positivas: “estamos aprimorando o processo de seleção dos entrevistadores. Fizemos entrevistas muito mais qualificadas com essas pessoas e, hoje, estamos preparando o domínio deles quanto aos instrumentos e ao que é o PMAQ e a AB, o que mostra evolução do Programa”.
A enfermeira Thayana Galvão de Araújo, uma dos selecionados como entrevistadores, falou ao DAB sobre as expectativas do grupo: “esperamos alcançar as metas colocadas e que através da nossa visão o MS possa alcançar a realidade local para melhorar a AB no país”.
Para o supervisor de campo Oswaldo Negrão, professor da universidade, as expectativas também são boas: “o trabalho de campo é momento de diagnóstico situacional e, ao mesmo tempo, tempo de reflexão e análise para identificar fragilidades e potencialidades das equipes”, acredita.